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William Thomas Beckford (1769 - Wiltshire, Inglaterra – 1844 Bath, Inglaterra), foi um aristocrata inglês, viajante, homem de letras, músico, coleccionador, escritor de viagens, romancista e político.
Quando, em 1760, William Beckford nasceu, o seu pai era um alderman que foi eleito por duas vezes “Mayor” de Londres. A sua fortuna era já de cerca de um milhão de libras, incluindo propriedades e plantações de açúcar na Jamaica. Talvez por estas circunstâncias, Beckford foi apelidado por Byron como o “filho mais rico de Inglaterra”.
A educação de Beckford teve tudo o que se podia esperar de um filho de um aristocrata da época. Aos cinco anos de idade recebeu aulas de piano ministradas por Mozart, estudou arquitectura com Sir William Chambers e pintura com Alexander Cozens. Aprendeu Latim, Francês, Italiano e Alemão e, já em adulto, aprendeu Português, Espanhol e Árabe. Aos dezassete anos escreve a sátira Memoirs of Extraordinary Painters, estreando-se na literatura. Ficou também conhecido pelo surpreendente conto oriental Vathek.
O envolvimento emocional com o seu primo Hon (William Courtenay) tornou-se no maior escândalo sexual da Inglaterra de George III e ditou o seu exílio na Europa Continental, para o qual levou a sua mulher que aí faleceu ao dar à luz o seu primeiro filho, um ano após o casamento. Este não mais voltou a casar.
Beckford esteve em Portugal por três vezes: entre 1787 e 1789; entre 1793 e 1795 e entre 1798 a 1799.
William Beckford em Alcobaça
Foi durante a segunda estadia em Portugal que Beckford visitou os Mosteiros de Alcobaça e Batalha.
A permanência nos mosteiros prolongou-se por doze dias, de 03 a 14 de Julho de 1794, relatados no livro “Recollections of na Excursion to Alcobaça e Batalha”, escrito praticamente quarenta anos após a visita.
O principal registo digno de nota na obra de Beckford prende-se com o facto deste manifestar não só a sua admiração pelo povo português e pelos seus costumes, mas também a repulsa face às convulsões singradas pela Revolução Francesa, que grassavam por toda a Europa, contrastando com a pacatez lusitana. Outro facto digno de registo, é o tom transmitido pelo autor, que oscila entre a ironia, o humor e até um certo saudosismo, muito mais característico da índole portuguesa.
Esta narrativa do século XVIII, de sensibilidade pré-romântica e estilo elegante, proporciona um relato dotado de graciosidade e porventura alguma imaginação do quotidiano dos Mosteiros de Alcobaça e Batalha.
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