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Em 1153, D. Afonso Henriques concedeu a Bernardo de Claraval a Carta de Couto que formalizou a doação de um vasto território de 44.000 hectares cujos limites iam da Serra dos Candeeiros à Costa marítima, bordejando Leiria a Norte e Óbidos a Sul.
De acordo com a Regra de São Bento, os cistercienses procuravam sempre locais isolados e ermos. A comunidade deveria ser fechada ao exterior e os terrenos dotados de linhas de água para aí edificarem as suas abadias e desenvolverem uma intensa actividade agrícola.
Os Coutos do Mosteiro de Alcobaça organizaram-se através da criação de granjas mas não só, dado que englobavam 4 portos de mar, 2 castelos, 2 estaleiros navais, 37 celeiros, 42 Adegas, Pizões, Moinhos, Lagares de Azeite, Salinas, Matas, Olarias, Unidades Metalúrgicas, Fornos de Telha, Fornos de Cal, Curtumes, entre outros.
Com a extinção das Ordens Religiosas, a população laica que promoveu o nascimento de Alcobaça-Urbe foi-se instalando ao redor do Mosteiro e até reutilizando parte do Monumento.
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