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Maria

Maria, nascida cerca de 17 a.C. em Nazaré (Galileia), segundo a tradição católica. É no dia 08 de Setembro que se festeja a sua natividade. Faleceu aos cinquenta e nove anos no local de nascimento em 42 d.C.. O seu nome significa “Senhora da Luz”.


Joaquim, nascido na Galileia, casou-se com Ana, natural de Belém.

Eram ambos justos e cumpridores. Como durante vinte anos não tiveram filhos, prometeram a Deus que, caso lhes desse descendência, consagra-la-iam ao serviço divino.

Já idoso, Joaquim foi visitado por um anjo que lhe anunciou que a sua mulher daria à luz uma filha a quem deveria ser posto o nome de Maria. Esta, em cumprimento das promessas feitas por Ana e Joaquim, deveria ser entregue ao Templo do Senhor – dela seria gerado o Filho do Altíssimo, de nome Jesus. Efectivamente, Ana concebeu e deu à luz uma filha a quem chamou Maria e que entregou ao Templo.

Aos catorze anos deveria regressar a casa e contrair matrimónio. Porém, Maria não queria fazê-lo acabando por aceitar José somente por ordem divina.

Maria voltou para casa de seus pais em Nazaré, ficando José em Belém, preparando as bodas. E foi então que o anjo Gabriel lhe apareceu, anunciando que dela havia de nascer o Filho de Deus.


Maria, os Cistercienses e o Mosteiro de Alcobaça 

A devoção que Bernardo de Claraval dedicava à Virgem Maria é sobejamente conhecida. Podemos afirmar que o lado místico deste homem invulgarmente culto, se concentrou na figura de Maria, a Mãe, a Luz, aquela que nos protege e que por nós intercede junto de Deus.

Os sermões escritos por S. Bernardo e dedicados a Maria, transbordam de exaltação, revelando a verdadeira fé deste homem que foi também um visionário, um estratega, de forma alguma isento de espírito prático.

Esta devoção atinge tais limites que são frequentes as representações da “Aleitação Mística de S. Bernardo pela Virgem Maria”. Uma destas pinturas é da autoria de Josefa d’Óbidos.

Alcobaça não foge à regra e, no ano de 1153, D. Afonso Henriques faz a doação dos terrenos dos Coutos de Alcobaça para neles se construir o Mosteiro de Santa Maria.

A iconografia cisterciense deste mosteiro elevou ao expoente máximo a devoção mariana e representou-a em esculturas, azulejaria e pintura que encontramos na fachada do Mosteiro, no Retábulo do Trânsito de São Bernardo, no Santuário ou Capela Relicário, na Capela do Desterro e na Monumental escultura de madeira policromada que representa Maria e que ornava o altar-mor, assumindo a simbologia de Padroeira do Mosteiro. 

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